O Ministério da Administração Interna determinou este sábado à Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) a abertura de um inquérito ao incêndio que deflagrou no Parque Nacional da Peneda-Gerês, disse à agência Lusa fonte oficial.
A fonte, ligada ao MAI, lembrou que, no combate ao incêndio, ocorreu um acidente com uma aeronave portuguesa de combate ao fogo, que provocou na morte do piloto Jorge Jardim, 65 anos. O segundo piloto, de nacionalidade espanhola e de 39 anos, foi assistido no local e transportado em estado grave para o Hospital de Viana do Castelo e, posteriormente, enviado de helicóptero para o Hospital de Braga.
Em relação ao inquérito ao acidente com o Canadair despenhado, fonte da investigação disse à Lusa que é da responsabilidade de Espanha.
Devido ao facto de o acidente ter acontecido em território de Espanha, fonte do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) explicou à Lusa que são as autoridades espanholas que têm a responsabilidade e a competência para desenvolver a investigação.
Inicialmente pensava-se que a aeronave tinha caído em território nacional, mas a ANEPC indicou que o acidente “ocorreu em território espanhol, um a dois quilómetros da fronteira portuguesa”.
O GPIAAF explicou que deslocou uma equipa para o local porque, quando recebeu a notificação do acidente, ainda não se sabia que o mesmo tinha acontecido em território espanhol, acrescentando este organismo que está a colaborar com a sua congénere espanhola.
Numa nota de imprensa, a ANEPC afirmou tratar-se de um avião anfíbio pesado (Canadair CL215), do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, do Centro de Meios Aéreos de Castelo Branco, que participava nas operações de combate a um incêndio que lavra no Parque Nacional da Peneda Gerês, freguesia de Lindoso, concelho de Ponte da Barca.
O avião despenhou-se num acidente junto à Barragem do Alto do Lindoso, na sequência de uma operação de reabastecimento de depósito de água, acrescentou.