A CDU pede uma “reflexão” sobre o abate de árvores, depois do que foi registado na vila das Taipas, e já justificado pela Câmara de Guimarães com o projecto de requalificação do Centro Cívico o que permite “colocar a céu aberto a Ribeira da Canhota, actualmente canalizada e submersa”.
“Abater uma árvore é acto que exige sempre muita reflexão e nunca deve ser decidido com ligeireza. São os anos necessários para se tornar numa árvore adulta e, consequentemente, o tempo de espera pela sua sombra e pelo benefício do seu papel a favor do Ambiente”, afirma esta quinta-feira a CDU em comunicado.
“Em nome da defesa do Ambiente e pela luta consequente pela qualidade de vida dos taipenses e de quem visita as Taipas”, a coligação PCP/PEV exige da Câmara, dona das obras em curso na zona do abate, “a explicação indispensável e o compromisso de as árvores abatidas serem substituídas o mais brevemente possível”.
Também esta quinta-feira, a Câmara de Guimarães fez que saber que o projecto de requalificação do Centro Cívico “vai permitir colocar a céu aberto a Ribeira da Canhota, actualmente canalizada e submersa”.
“Com a realização das obras de beneficiação, que estão a decorrer, os taipenses vão poder usufruir de um curso de água que não é visível”, afirma a autarquia, acrescentando que “a abertura à superfície da Ribeira da Canhota vai promover uma linha de água de grande interesse ambiental, permitindo a criação de uma galeria ripícola com a plantação de árvores autóctones e que são características de zonas húmidas”.
Nesse sentido, serão substituídas as actuais espécies, que apresentavam sinais de patologias graves, de acordo com uma avaliação do estado fitossanitário realizada pela UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), onde se verificaram várias árvores com problemas de crescimento amorfo e em mau estado sanitário”, explica em comunicado no Facebook.
Assim, adianta, “serão plantadas no local novas árvores, adaptadas a habitats ribeirinhos e em condições de parâmetros ambientais e dendrométricos que permitam o seu desenvolvimento harmonioso, sem condicionantes, melhorando a paisagem urbana e a sua biodiversidade”.
“No projecto final, a obra de remodelação prevê o triplo de árvores comparativamente com as actualmente existentes”, assegura a autarquia.