Deitou fogo, por duas vezes no mesmo dia, a uma mata de pinheiros e eucaliptos em Durrães, Barcelos. José Henrique Monteiro, de 46 anos, residente na localidade, está em prisão preventiva desde 21 de abril, na cadeia de Braga, pois existe perigo de continuação de atividade criminosa. É julgado em setembro.
No entender do Ministério Público, o arguido é um pirómano típico: incendiou a mata com um isqueiro e veio para a varanda de casa ver as chamas e o trabalho dos bombeiros.
A 18 de abril, saiu de casa e dirigiu-se a um prédio rústico de dez hectares, fronteiro a sua casa, que tem mato, e árvores daquelas espécies. Andou 30 metros por um caminho, pegou num isqueiro e incendiou o mato.
Dirigiu-se, então, a casa para ver o espetáculo. O fumo alertou a vizinhança que chamou os Voluntários de Barcelos, os quais conseguiram evitar um grande incêndio, acabando com ele, depois de ter consumido mil metros quadrados.
Da varanda, José Monteiro apercebeu-se que os bombeiros tinham abandonado o local, para encherem os tanques de água e procederem ao rescaldo.
Saiu de novo e andou alguns metros dentro do terreno, ateando o fogo numa zona não ardida. Minutos depois, os ‘soldados da paz’ regressaram, pondo termo ao novo incêndio.
O pirómano, que terá sido visto por vizinhos, vai agora ser julgado pelo crime de incêndio florestal na forma qualificada.
Luís Moreira (CP 8078)