O primeiro-ministro António Costa confirmou, esta quarta-feira, em Lisboa que o sistema de transportes BRT (Bus Rapid Transport) exigido pela Câmara de Braga, avança no quadro europeu de apoio 2020/30.
Mas o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio declarou ao PressMinho/ O Vilaverdense que prefere que o projecto, de 150 milhões de euros, seja incluído no PRR, Plano de Recuperação e Resiliência.
“Depois das declarações anteriores do ministro do Ambiente e da ministra da Coesão, é importante ouvir da boca do primeiro-ministro o compromisso inequívoco com este projecto”, afirmou
“Por uma razão de celeridade de concretização e de níveis de comparticipação do investimento ficaríamos mais tranquilos se o mesmo fosse incluído no PRR, até porque tem tanta ou mais maturidade que outros que foram lá inscritos”, acrescentou.
António Costa, numa cerimónia sobre a expansão do Metro de Lisboa garantiu que “vamos implementar redes de modos de transportes pesados em cidades que nunca as tiveram como é o caso do BRT de Braga”, afirmou.
TIPO METRO DE SUPERFÍCIE
Recorde-se que, os veículos BRT, esteticamente agradáveis, terão design moderno que os aproximam do metro de superfície. As estações com entrada em nível facilitarão o acesso a pessoas de mobilidade reduzida. As validações serão efectuadas nas estações, diminuindo o tempo de cada paragem para um máximo de 20 segundos, duplicando a actual velocidade comercial. O motorista limitar-se-á à função de conduzir. Assim, a atractividade dos transportes públicos “aumentaria muito” em Braga.
GANHOS DE TEMPO
E os Transportes Urbanos de Braga (TUB) dão um exemplo. “Hoje em dia uma viagem entre Novainho (Gualtar) e Ferreiros (CP) servindo o centro histórico, numa distância de 7 Km, demora em transporte público entre 40 a 60 minutos, com uma velocidade comercial de 7 a 11 Km/h. Com o BRT o tempo de viagem diminuirá em 15 minutos e a frequência será de 5 minutos”.
Os 15 quilómetros projectados para o BRT formarão um anel, o designado ‘Anel da Mobilidade’, que será o sistema regrante sobre o qual rebaterão as outras linhas dos TUB.
Os TUB previam que estivesse em funcionamento em 2025 com um custo de 150 milhões de euros, valor que inclui a regeneração urbana ao longo do seu traçado. O programa do governo incentiva a implementação de serviço de BRT, que combinam a capacidade e velocidade do metro a um custo muito inferior, constituindo, por isso, uma janela de oportunidade para os TUB. Mas, nem por isso, o PRR contempla Braga.
Luís Moreira (CP 7839 A)