O Santuário do Bom Jesus do Monte passou à fase seguinte da candidatura a Património Mundial, disse à Lusa a Comissão Nacional da UNESCO. O Real Edifício de Mafra acompanha o santuário bracarense à mesma candidatura.
De acordo com Rita Brito, a secretária-executiva da Comissão Nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), as candidaturas foram entregues no final de Janeiro, seguindo-se agora “um longo processo”.
“Agora vão passar para a fase de avaliação pelo ICOMOS [Conselho Internacional de Monumentos e Sítios]. É um longo processo e a recomendação que vão fazer pode ser de diversos tipos. Só no ano que vem é que serão apresentadas, na melhor das hipóteses, ao Comité do Património Mundial”, afirmou a secretária-executiva da Comissão Nacional da UNESCO.
Entre a apresentação da candidatura e o momento da decisão do comité há, então, um período mínimo de 18 meses.
Em Maio de 2016, foi concluído o processo de actualização da lista indicativa de Portugal ao Património Mundial, decorrente, segundo comunicado publicado na altura pela Comissão Nacional, da “recomendação da UNESCO de que as Listas Indicativas dos Estados parte na Convenção do Património Mundial sejam atualizadas a cada dez anos”.
Portugal conta actualmente com 15 sítios classificados como Património Mundial pela UNESCO, tendo começado, em 1983, com quatro locais: o Centro Histórico de Angra do Heroísmo, o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, em Lisboa, num conjunto de proximidade, o Mosteiro da Batalha e o Convento de Cristo, em Tomar.
Mais tarde, vieram a ser classificados o Centro Histórico de Évora (1986), o Mosteiro de Alcobaça (1989), a Paisagem Cultural de Sintra (1995), o Centro Histórico do Porto (1996), a Arte Rupestre do Vale do Côa (1998), a Floresta Laurissilva da Madeira (1999), o Centro Histórico de Guimarães (2001), o Alto Douro Vinhateiro (2001), a Paisagem da Cultura da Vinha da ilha do Pico (2004), a Cidade-Quartel de Elvas e suas Fortificações (2012) e a Alta e Sofia da Universidade de Coimbra (2013).
A UNESCO adoptou, em 1972, a Convenção do Património Mundial, Cultural e Natural, com o objectivo de “proteger os bens patrimoniais dotados de um valor universal excepcional”, tendo sido criados, quatro anos mais tarde, o Comité do Património Mundial e o Fundo do Património Mundial.
FG (CP 1200) com TSF