O tribunal de Braga condenou a 7 anos de prisão efectiva um homem de 46 anos por dois crimes de incêndio florestal na forma qualificada.
O colectivo de juízes concordou, sexta-feira, com o Ministério Público: o arguido é um pirómano típico que incendiou a mata com um isqueiro e veio para a varanda de casa ver as chamas e o trabalho dos bombeiros.
José Henrique Monteiro deitou fogo, por duas vezes no mesmo dia, a uma mata de pinheiros e eucaliptos em Durrães, Barcelos, onde residia.
Estava em prisão preventiva desde 21 de Abril deste ano, na cadeia de Braga, pois existia “perigo de continuação de actividade criminosa”.
A 18 de Abril, saiu de casa e dirigiu-se a um prédio rústico de dez hectares, fronteiro, que tem mato, e árvores daquelas espécies. Andou 30 metros por um caminho, pegou num isqueiro e incendiou o mato. Dirigiu-se, então, a casa para ver o espectáculo.
O fumo alertou a vizinhança que chamou os Voluntários de Barcelos, os quais conseguiram evitar um grande incêndio, acabando com ele, depois de ter consumido mil metros quadrados.
Da varanda, o José Monteiro apercebeu-se que os bombeiros tinham abandonado o local, para encherem os tanques de água e procederem ao rescaldo.
Saiu de novo e andou alguns metros dentro do terreno, ateando o fogo numa zona não ardida. Minutos depois, os ‘soldados da paz’ regressaram, pondo termo ao novo incêndio.
O pirómano foi visto por vizinhos e acabou detido pela PJ/Braga.