A 11.ª edição do festival internacional de circo contemporâneo Vaudeville Rendez-Vous vai decorrer entre 16 e 19 de julho, no Quadrilátero, constituído pelos concelhos de Barcelos, Braga, Guimarães e Famalicão, com 11 espetáculos e seis estreias nacionais.
Em comunicado, a organização acrescenta que haverá 28 apresentações nas diferentes cidades, sendo todos os espetáculos de entrada gratuita.
O festival conta ainda com ações de mediação com o público, que incluem ‘masterclasses’ e ‘workshops’, liderados por figuras de referência do circo contemporâneo, e uma sessão de ‘pitching’, aproveitando a presença de programadores internacionais.
“A 11.ª edição do Vaudeville Rendez-Vous assenta na ideia de ciclo, assumindo um novo impulso criativo e de reinvenção, numa fase em que o festival inicia uma nova década”, sublinha o Teatro da Didascália, que responde pela organização.
A abertura do festival será em Guimarães, no recinto da feira semanal, com “La Bande à Tyrex”, num espetáculo que usa a bicicleta como instrumento coletivo, um pelotão em que os intérpretes alternam entre acrobacias e música ao vivo — trombone, baixo e voz.
“La Bande à Tyrex” pode ainda ser vista no dia 18 de julho, às 22h00, na Praça dos Poetas, em Barcelos.
ESTREIAS
No dia 17 de julho, às 19h00, no ringue de futebol do Parque da Juventude de Vila Nova de Famalicão, haverá a estreia de “Ripple”, da companhia belga e neerlandesa TeaTime Company, que repete no dia 19, na Praça de Pontevedra, em Barcelos.
O espetáculo “El Dorado”, da companhia francesa NDE Nicanor de Élia, será apresentado no dia 17 de julho, em Braga, e no dia 18, em Vila Nova de Famalicão.
“Nkama” estreia-se no dia 17, na Praça de Pedra do Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, espetáculo que pem que Dimas Tivane parte da sua herança moçambicana.
“Melic”, da companhia catalã IF Circus, que se estreia no dia 18, na Praça Municipal, em Braga, evoca a memória histórica das mulheres do pós-guerra que tricotavam nas ruas, tecendo não só roupas, mas também relações.
A corda usada neste espetáculo vai ser tricotada num ‘workshop’, em Barcelos, dirigido a mulheres com mais de 60 anos, que vão também partilhar as suas histórias em pequenas entrevistas.
O coletivo francês Le G.Bistaki usa em “Tancarville” um lençol branco, símbolo de sonhos, memória e intimidade, ligando o mais íntimo dos rituais à memória coletiva, num espetáculo que se estreia no dia 17, na Praceta Francisco Sá Carneiro, em Barcelos.
Duas outras estreias no Vaudeville encaram a morte como um movimento cíclico.
Em “Masacrade”, da companhia francesa Marcel et Ses Drôles de Femmes, o humor negro é o mote para ensaiar a morte e dar sentido à vida, num espetáculo que será apresentado no dia 17 de julho no recinto da feira semanal de Guimarães, e no dia 19 de julho no Largo do Pópulo, em Braga.
Já em “Homenaje”, da artista catalã Sílvia Capell, uma mulher e um lobo são os protagonistas de uma tragicomédia que enfrenta a morte para celebrar a vida.
O espetáculo, que coloca o mastro chinês ao serviço da ação dramática, conta ainda em palco com o percussionista Bernat Torras.
MALABARISMO
Para ver no dia 17, no Parque da Juventude, em Vila Nova de Famalicão, e no dia seguinte na Praça de Pedra do Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães.
Na programação, a companhia “O Último Momento”, de João Paulo Santos, apresenta “Un Partie de Soi”, e Alan e Alvin apresentam “Rima”.
O projeto “Cream”, do Instituto Nacional de Artes do Circo, recorre ao malabarismo para retratar um indivíduo dominado pela tecnologia, em dois espetáculos nas quatro cidades, nos dias 17, 18 e 19.
Nesta edição, pela primeira vez, alguns espetáculos contam também com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, prática que o Vaudeville Rendez-vous pretende expandir nas próximas edições a toda a programação.