O Tribunal de Braga recomeça esta sexta-feira, a última audiência do julgamento do ex-autarca de Braga, Mesquita Machado, que está a ser julgado, com mais cinco ex-vereadores socialistas, por participação económica em negócio e abuso de poder. A sessão deve englobar as alegações finais dos advogados de defesa.
Em causa está o chamado ‘negócio das Convertidas’, realizado no mandato autárquico de 2009 a 2013. A sessão deve integrar as alegações finais das partes.
Ao longo das audiências de julgamento, a defesa de Mesquita Machado, e dos cinco ex-vereadores, tem tentado demonstrar que não havia qualquer interesse pessoal ou familiar no ‘negócio das Convertidas’. Até porque, à data da compra, os três prédios, já não lhe pertenciam.
O colectivo de juízes vai, também, ouvir o advogado Moura Duarte, testemunha no processo, e que pediu autorização para depor à Ordem dos Advogados, no quadro das regras de sigilo profissional. Os advogados de defesa dos arguidos não prescindem do seu testemunho, pelo que o Colectivo de Juízes se viu obrigado a adiar a audiência. Que recomeça quando a Ordem responder, Para esta quarta-feira estavam também marcadas as alegações finais do Ministério Público e dos vários defensores dos arguidos.
Em análise está o investimento de três milhões na compra de três prédios anexos ao Convento das Convertidas, os quais tinham sido propriedade de uma firma do genro de Mesquita, o que levou o Ministério Publico a considerar que o negócio serviria apenas para a favorecer, dado que estava próxima da insolvência. O MP sustenta, ainda, que o projecto de reabilitação das Convertidas, nomeadamente para uma pousada da juventude, nem sequer tinha apoios comunitários.
Defende, ainda, que o negócio salvaria o genro, José Pedro Castro Rodrigues, e a filha que podiam ficar sem os bens pessoais, por causa de dívidas de, 2,6 milhões de euros ao BCP, e de dois milhões ao empresário Manuel Duarte.
Luís Moreira (CP 8078)