A Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga anunciou, esta sexta-feira, que foi identificada a presença do mosquito invasor Aedes albopictus, vulgarmente conhecido como mosquito-tigre, no concelho de Vila Verde. Contudo, até ao momento não foram detetados mosquitos infetados nem registados casos de doença transmitida localmente.
“Encontra-se já em curso uma intervenção intersectorial, desenvolvida em estreita colaboração com entidades locais, com o objetivo de prevenir e controlar a proliferação deste mosquito invasor”, refere um comunicado divulgado esta sexta-feira.
A ULS Braga destaca a importância da “adoção de medidas preventivas pela população, nomeadamente a eliminação de locais com água parada — que funcionam como potenciais criadouros — e a proteção individual contra picadas de mosquitos”.
“Medidas simples, como retirar a água acumulada em pratos de vasos, recipientes ou caleiras, lavar frequentemente bebedouros de animais e proteger as habitações com redes mosquiteiras, são fundamentais. Adicionalmente, o uso de repelente, o recurso a roupas compridas e claras e a atenção redobrada nos períodos do amanhecer e entardecer, momentos de maior atividade do mosquito, constituem comportamentos de prevenção altamente eficazes”, adianta o comunicado.
Citado no texto, o coordenador da Unidade de Saúde Pública da ULS de Braga, Pedro Pereira, refere que a confirmação da presença do mosquito-tigre nesta região “exige um esforço conjunto entre as entidades de saúde, as autarquias e a população”.
“Só com a colaboração de todos será possível controlar a sua expansão e reduzir o risco de transmissão de doenças. É fundamental que cada cidadão adote medidas simples no seu dia a dia, como eliminar locais com água parada e proteger-se contra as picadas, contribuindo para a proteção da saúde pública”, refere o médico.
O alerta inicial foi recebido no final de 2024, tendo a Unidade de Saúde Pública (USP) da ULS Braga reforçado a vigilância no âmbito da Rede de Vigilância de Vetores (REVIVE) – programa nacional que monitoriza a presença e a atividade de mosquitos e carraças. Após este reforço, foi confirmada a presença da espécie.
Segundo a ULS de Braga, Aedes albopictus é considerado uma espécie invasora e apresenta capacidade para transmitir doenças como dengue, zika e chikungunya.
“A ULS Braga está a disponibilizar à comunidade informação prática através de um cartaz informativo, apelando à participação ativa de todos na prevenção e controlo do Aedes albopictus”, conclui o comunicado.