O Bloco de Esquerda (BE) reiterou, esta terça-feira em Braga, as propostas de diminuir o horário de trabalho para as 35 horas, no público e no privado, o aumento global dos salários e o aumento do salário mínimo para 650 euros em 2020 e de 5% nos anos seguintes.
No final do encontro que manteve com a União de Sindicatos de Braga (USB), que visou conhecer o caderno reivindicativo destes representantes dos trabalhadores e apresentar as propostas bloquistas na área laboral, José Maria Cardoso afirmou que “o Bloco acompanha as exigências destes sindicatos, que propõe a valorização dos direitos dos trabalhadores, nomeadamente o aumento dos salários, e a alteração da distribuição da riqueza produzida de forma a promover a igualdade”.
“A melhoria da qualidade de vida da população só é conseguida através da diminuição do horário para as 35 horas, no público e no privado, e o aumento geral dos salários, por isso, é tão importante o aumento do salário mínimo para 650 euros em 2020 e de 5% nos seguintes, para puxar pelos restantes níveis salariais”, sublinhou o candidato do Bloco, acrescentando que “é importante também valorizar as longas carreiras contributivas e os trabalhadores por turno”.
O cabeça-de-lista do BE por Braga às Legislativas, destacou a necessidade de “reverter as normas da troika na legislação laboral, recuperando a contratação colectiva, para aumentar a capacidade reivindicativa dos trabalhadores e, consequente, assegurar a melhoria dos seus direitos”.
Cardoso criticou ainda “as alterações à lei efectuadas pelo PS, PSD e CDS, no final da legislatura, que universalizou os contratos de muito curta duração a todos os sectores da economia e alargou o aumento do período experimental para 180 dias para jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração”, situação que levará “o Bloco, em conjunto com o PCP e o PEV, a solicitar a avaliação da constitucionalidade da medida ao Tribunal Constitucional”.