Três mulheres foram condenadas esta sexta-feira em França a penas de prisão entre 10 e 13 anos por pertencerem ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), após terem vivido vários anos na Síria com os filhos.
Jennyfer Clain, de 34 anos, sobrinha dos irmãos Clain – figuras responsáveis pelos ataques terroristas coordenados de 13 de novembro de 2015, incluindo na discoteca Bataclan, em Paris, e presumivelmente mortos na Síria – foi condenada a 11 anos de prisão.
A madrasta, Christine Allain, de 67 anos, recebeu a pena mais pesada, 13 anos de prisão, dos quais dois terços com possibilidade de fiança.
A terceira arguida, Mayalen Duhart, de 42 anos, também enteada de Allain, foi condenada a 10 anos, com pena suspensa.
As três mulheres viajaram para a Síria em 2014, pouco depois da proclamação do califado, e juntaram-se a um grupo de mulheres do EI.
Inicialmente, recusaram regressar a França, mas foram detidas em 2019, juntamente com os filhos, e repatriadas.
Durante a audiência, Jennyfer Clain declarou as suas “sinceras e profundas desculpas” às vítimas dos jihadistas e aos seus cinco filhos, colocados em lares de acolhimento desde 2019.
“Não estou a pedir perdão, isso é imperdoável, mas lamento profundamente”, disse Clain, em lágrimas.