O fenómeno das bonecas ‘Reborn‘ – réplicas de bebés humanos, criadas para serem o mais realistas possível – teve origem nos Estados Unidos há vários anos e, impulsionado pelas redes sociais, especialmente o TikTok, espalhou-se por outros países do mundo. E, como acontece com muitos fenómenos que surgem repentinamente na internet, também estes bebés super-realistas rapidamente se tornaram virais.
Desde então conquistaram diversos públicos como colecionadores ou até pessoas que procuram apenas algum conforto emocional devido a perdas gestacionais, por exemplo.
“Em muitos casos, o bebé Reborn funciona como um objeto simbólico de afeto, conforto ou processamento emocional”, explica a psicóloga Melissa Tenório dos Santos Campinas, ao jornal brasileiro Diário do Litoral .
O mercado brasileiro é um dos principais exemplos do crescimento da comercialização de ‘bebés Reborn’. Em algumas regiões do país, existem “maternidades” especializadas que recebem estas bonecas, simulam o seu nascimento e fornecem documentos como a “certidão de nascimento” e a “boletim de vacinas”.
Em Portugal, estes ‘bebés Reborn’ podem atingir várias centenas ou até milhares de euros, dependendo do nível de realismo.
BRASIL IMPÕE REGRAS
De acordo com o portal brasileiro G1, a Câmara dos Deputados do país registou três novos projetos destinados à criação de políticas públicas relacionadas com os ‘bebés Reborn’.
O primeiro projeto propõe a restrição do atendimento médico a estas bonecas em instituições públicas e privadas, com a imposição de multas às que permitirem tal prática.
O segundo sugere a definição de critérios para o acompanhamento psicossocial de pessoas com vínculos afetivos fortes com as bonecas ‘Reborn’ – e com quaisquer outros objetos que representem seres humanos.
O terceiro e último projeto propõe a criação de multas para quem tentar usar estes bonecos para obter prioridade em filas de atendimento em hospitais ou até para ocupar lugares preferenciais nos transportes públicos.
Com SIC