Dahbia Benkired, uma argelina de 27 anos, foi condenada esta sexta-feira a uma rara sentença de prisão perpétua num caso que chocou França: o homicídio e violação agravada de uma menina de 12 anos chamada Lola Daviet, avançou a SIC.
A imigrante argelina deverá passar pelo menos 30 anos na cadeia depois de um grupo de juízes e jurados ter decidido aplicar-lhe a pena mais severa que existe no país, tornando-se assim a primeira mulher a ter esta sentença naquele país.
Aquela televisão adianta que em França poucos são os casos em que se decide pela prisão perpétua, destacando-se apenas casos como o do assassinado e violador em série Michel Fourniret ou o jihadista Salah Abdeslam, um dos responsáveis pelos atentados de Paris em novembro de 2015 que causaram a morte a 130 pessoas.
O crime, ocorrido em 2022, lançou a discussão no país sobre a imigração. A imigrante entrou legalmente em França em 2016, com uma autorização de residência estudantil, mas devia ter deixado o território francês em agosto de 2022.
Lola Daviet foi encontrada, em 2022, morta dentro de uma mala, a cerca de 200 metros da casa dos pais, em Paris. A descoberta aconteceu horas depois de a família ter lançado o alerta para o desaparecimento da menina. Lola não regressou a casa depois de sair da escola, tendo a polícia recorrido às câmaras de videovigilância.
A agora condenada foi filmada, no dia do desaparecimento, a entrar com a adolescente no prédio onde Lola vivia, tendo testemunhas locais garantido que a viram, pouco depois, sair para a rua com uma mala “manchada de sangue”.
De acordo com a SIC, Dahbia disse à polícia ter levado a adolescente para o apartamento da sua irmã, tendo-a forçado a tomar banho para depois cometer “danos de natureza sexual e outros atos violentos” que causaram a morte de Lola. Benkired foi examinado, durante o julgamento, por especialistas psiquiátricos e constatou-se que tinha traços de “psicopata”, mas, fora isso, estava mentalmente sã.






