O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que os maus-tratos de que muitos dos ativistas detidos por Israel se têm vindo a queixar não passam de uma “confusão”.
Em declarações aos jornalistas em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que “a sensação que chegava a Portugal, foi que não havia uma estrutura preparada” para acolher tantos detidos, nomeadamente, os quase 500 que iam a bordo da flotilha – não só no sentido das próprias acomodações, mas também “em termos de água e em termos de mantimentos”.
“Houve ali várias perturbações que fazem com que alguns participantes, ou que alguns Estados desses participantes, se queixem dessa confusão muito sensível nesse segundo porto, na transferência para o centro de detenção e na permanência no centro de detenção”, argumentou.
Questionado sobre o vídeo que circulou nas redes sociais que mostra o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, aos gritos, e a chamar terroristas aos participantes na flotilha, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que esta “foi uma reação muito quente”.
O chefe de Estado português admitiu ainda que poderia haver alguma “irritação”, dado que muitos dos participantes eram nacionais de países que, recentemente, tinham reconhecido o Estado da Palestina – como era o caso de Portugal.