A Federação Internacional de Natação suspendeu a portuguesa Hannah Caldas de qualquer prova feminina de natação, no espaço de cinco anos, após se ter recusado a fazer um teste de verificação de sexo para a participação no 2024 Masters World Championships, na categoria sénior feminina.
“Durante a investigação, a Federação Internacional de Natação pediu à senhora Caldas para se submeter a um teste de cromossomas – as suas expensas – para provar a consonância com o requerimento geral de política de género. O teste foi pedido depois de a senhora Caldas exibir um atestado de nascença que a identifica como mulher”, lê-se no comunicado da Federação de Natação de Nova Iorque.
“O meu seguro recusa-se a cobrir um teste deste género, já que não é medicamente necessário. Nenhum estado americano exige testes genéticos para eventos desportivos como estes, nem mesmo a US Masters Swimming, entidade reguladora nacional da natação no país”, afirmou Hannah Caldas.
Nascida em Vizela, a nadadora transgénero de 47 anos, que reside na Califórnia, ficou conhecida pelas conquistas de várias provas de remo na versão indoor, detendo o recorde do mundo. Também se evidenciou como atleta de crossfit, tendo conquistado várias provas.
“Compreendo e aceito as consequências. Mas uma suspensão de cinco anos é o preço que tenho de pagar para proteger as minhas informações médica mais íntimas. Fico feliz por pagar esse preço – por mim e por todas as mulheres que não querem ser submetidas a testes invasivos”, sublinhou.
Hannah Caldas ficará impedida de participar em provas até outubro de 2030 e todos os resultados entre junho de 2022 e outubro de 2024 são revogados.
Com Bola