Centenas de autarcas reúnem-se no próximo fim de semana em Viana do Castelo para eleger a nova direção da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e debater temas como a descentralização e as finanças locais.
Pedro Pimpão, presidente social-democrata reeleito na Câmara de Pombal, no distrito de Leiria, e que já era membro do Conselho Diretivo da ANMP, é o candidato único conhecido e deve ser eleito como o novo presidente da associação, substituindo no cargo a socialista Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos.
Luísa Salgueiro, eleita presidente em 2021, deixa o cargo depois de o PSD ter vencido em mais câmaras no todo nacional, ganhando por isso a presidência da associação que representa os municípios.
Além de autarcas do PSD e do PS, fazem parte do órgão executivo da associação, que representará os municípios nos próximos quatro anos, presidentes de câmaras eleitos por movimentos independentes.
Pela primeira vez, a CDU, que ganhou em 12 câmaras, fica de fora da direção da ANMP e o Chega, que elegeu apenas três presidentes de Câmaras, também teve um resultado que ficou longe de ter direito a uma presença no Conselho Diretivo da ANMP.
O município do Porto, que no último mandato protagonizou a primeira cisão na ANMP, aprovou o seu regresso à associação de municípios.
No XXVII Congresso da ANMP, que decorre no sábado e no domingo no Centro Cultural de Viana do Castelo, são também debatidos os temas mais relevantes para os municípios nos próximos anos, nomeadamente autonomia, descentralização, o financiamento local, a sustentabilidade e a coesão territorial.
A ANMP realiza congressos de dois em dois anos, sendo que só aquele que se segue a eleições autárquicas é eletivo.
O Conselho Diretivo é um órgão executivo composto por um presidente, cinco vice-presidentes e 11 vogais, eleitos pelos delegados no Congresso Nacional em lista plurinominal.
No congresso são ainda esperados o ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Nas eleições autárquicas, realizadas em 12 de outubro, o PSD, com listas próprias ou em coligações, venceu em 136 municípios, contra 128 do PS, quando em 2021 tinha triunfado em 114, contra 149 dos socialistas.





