O reitor da Universidade do Minho (UMinho) considerou esta quinta-feira que a comunidade daquela academia “ficou hoje muito mais pobre” com a morte de Álvaro Laborinho Lúcio, que foi presidente do Conselho Geral da instituição entre 2013 e 2017.
Em nota enviada à Lusa, Rui Vieira de Castro refere que Laborinho Lúcio colocou “toda a sua experiência e o seu saber” ao serviço da UMinho, tendo assumido “de corpo inteiro” a presidência do Conselho Geral, “gerindo de forma única, com grande equilíbrio e inteligência, as várias visões que nele coexistiam”.
“Soube conquistar o respeito, a admiração e o carinho de toda a nossa comunidade. Dela se tornou membro de facto, participando ativamente em múltiplos eventos e iniciativas institucionais, com o brilho, a inteligência, a bondade, a humildade, a qualidade da palavra e o humor que lhe eram tão característicos”, acrescenta.
Em 2019, a universidade atribuiu a Laborinho Lúcio o título de doutor ‘honoris causa’.
“A comunidade da Universidade do Minho ficou hoje muito mais pobre. Curvemo-nos perante a memória do doutor Álvaro Laborinho Lúcio, recordando quem tão bem serviu a nossa universidade”, remata a nota.
A atual presidente do Conselho Geral da UMinho, Assunção Raimundo, também já manifestou “profundo pesar” pela morte de Laborinho Lúcio.
“Manifestamos a nossa sincera gratidão pelo exemplo, pela disponibilidade e pelo compromisso institucional que sempre demonstrou para com a Universidade do Minho. A sua forma de estar, a sua ética de trabalho e a sua proximidade com o Conselho Geral e com a Universidade do Minho permanecerão na memória de todos aqueles que tiveram o privilégio de o conhecer e com ele colaborar”, refere.
O antigo ministro da Justiça Álvaro Laborinho Lúcio morreu hoje aos 83 anos em casa, confirmou à agência Lusa o presidente da Câmara da Nazaré, Manuel Sequeira (PS).
Laborinho Lúcio foi secretário de Estado da Administração Judiciária e ministro da Justiça em 1990, durante o governo de Cavaco Silva, e Ministro da República para os Açores, em 2003, durante a Presidência de Jorge Sampaio.
Foi também Procurador da República junto do Tribunal da Relação de Coimbra, inspetor do Ministério Público, Procurador-Geral-Adjunto da República, diretor da Escola da Polícia Judiciária e do Centro de Estudos Judiciários.
Mais recentemente, compôs a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa.