O secretário-geral do PS acusou esta quarta-feira o primeiro-ministro de “grande insensibilidade, uma incapacidade para antecipar e uma impreparação para responder” na gestão dos incêndios, questionando se a operação dos meios aéreos será feita futuramente pela Força Aérea.
“Tenho que começar por lhe dizer que perante esta crise, à semelhança de outras, revelou uma grande insensibilidade, uma incapacidade para antecipar e uma impreparação para responder. Desde logo insensibilidade por não ter compreendido que deveria ter feito o mesmo que fez em 2024 quando adiou o Congresso do PSD”, criticou José Luís Carneiro, em nome do PS, no debate no parlamento sobre “A situação dos incêndios em Portugal” com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O líder do PS defendeu que festa do PSD no Pontal deveria ter sido adiada porque “a população estava a sofrer e a viver momentos muito dramáticos”.
“O senhor primeiro-ministro tem direito às suas férias e todos os membros do Governo têm direito às suas férias, mas para a população portuguesa foi incompreensível como é que se deu aquele sinal de insensibilidade com quem estava a sofrer no território”, condenou.
Na reta final do debate, José Luís Carneiro questionou Luís Montenegro se estava “disponível para garantir que a operação dos meios aéreos será feita no futuro pela Força Aérea”.
O líder do PS ficou sem tempo nesta fase da intervenção, mas continuou a intervir já com o microfone desligado, o que levou o presidente do parlamento a pedir que terminasse a sua intervenção. Carneiro continuou a falar por alguns momentos, ainda que não se ouvisse na sala.
Com Executive Digest