O presidente do Conselho Europeu exortou esta quinta-feira Israel a “desbloquear totalmente” o acesso à ajuda humanitária em Gaza, defendendo ainda esforços para uma “diplomacia eficaz” no Médio Oriente, dada a atual instabilidade.
“Uma paz duradoura no Médio Oriente exige uma solução duradoura em Gaza. Apelamos a Israel para que retire totalmente o seu bloqueio a Gaza”, pediu António Costa, numa publicação na rede social X.
No dia em que o Conselho Europeu está reunido em Bruxelas para discutir, entre outros assuntos, a instabilidade no Médio Oriente, o responsável pela instituição referiu também que o movimento islamita palestiniano Hamas “deve libertar imediatamente todos os reféns”.
Já sobre cessar-fogo entre Israel e o Irão, Costa afirmou tratar-se “um passo importante para o restabelecimento da estabilidade na região”.
“Agora é necessário concentrarmos-nos numa diplomacia eficaz”, salientou.
António Costa tem sido um dos líderes da UE mais vocais a condenar a situação humanitária em Gaza e, numa altura em que as operações israelitas já causaram mais de 56 mil mortos desde o ataque do Hamas em outubro de 2023, o antigo primeiro-ministro português levou de novo o assunto ao Conselho Europeu.
Na reunião, os chefes de Governo e de Estado da UE “deploraram a terrível situação humanitária” na Faixa de Gaza, perpetrada por Israel, considerando “inaceitável o número de vítimas civis e os níveis de fome” com o bloqueio à entrada de camiões no enclave palestiniano, nas conclusões escritas aprovadas no encontro.
Na chegada ao encontro de nível, Luís Montenegro garantiu existir uma “posição forte” entre os líderes da UE para instar ao fim do “flagelo humanitário” em Gaza, devido à ofensiva israelita, esperando colaboração das partes envolvidas no conflito para assegurar assistência.