Braga oficializou esta sexta-feira a candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027 numa sessão que contou com as presenças, além de Ricardo Rio, presidente do município, de Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, e Alberto Núñez Feijóo, presidente do Governo Regional da Galiza, da sua experiência e a dos seus territórios em diferentes processos de candidatura a capitais da culturais. O encontro foi o momento escolhido para apresentar a instalação artística ‘Concerto para 2027 plantas’.
O encontro, que decorreu no Altice Forum Braga, e que teve ainda como convidada a Cristina Farinha (membro do Júri Internacional Selecção e Monitorização Capital Europeia da Cultura), serviu também para apresentar a instalação artística ‘Concerto para 2027 plantas’, da artista sonora Cláudia Martinho. Na instalação artística as plantas são conectadas a sensores que captam os impulsos electromagnéticos das plantas, convertendo-os em som e criando assim uma polifonia de vozes vegetais, como se de um coro se tratasse.
Estas plantas, em grande parte medronheiros, uma das espécies autóctones desta região, pretendem simbolizar e evocar a energia vital deste território e dos seus cidadãos que, no contexto pandémico actual, não puderam estar presentes na nave do ‘Forum’.
Os medronheiros foram doados à Candidatura de Braga pelo Projecto Terra de Esperança da ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente em parceria com a Fundação GALP. Como resultado desta colaboração e como legado deste momento a candidatura irá plantar estas árvores de fruto no concelho, com a colaboração das juntas de freguesia.
O tempo médio para esta espécie produzir a baga vermelha que lhe é característica são 6 anos. Significa que desejavelmente em 2027 estaremos a colher os primeiros frutos de algumas das plantas que se vêem nas imagens deste momento simbólico.
Cláudia Martinho é arquitecta, artista sonora e investigadora na Universidade do Minho. Desenvolve instalações sonoras, performances e oficinas, que incentivam a escuta activa e o desenvolvimento do ser humano em convívio com a natureza. É co-fundadora da Rural Vivo, associação cultural dedicada a actividades artísticas, educativas e ecológicas na Serra do Gerês, Reserva da Biosfera da UNESCO.