O porta-voz do Livre, Rui Tavares, reagiu esta quarta-feira à morte de mais uma pessoa nesta vaga de incêndios apelando a que a “tragédia” seja “prevenida” e não normalizada.
“Esta noite mais um nosso concidadão arriscou e perdeu a vida contra o avanço das chamas”, começou por escrever Rui Tavares, esta quarta-feira, na rede social X. “Não podemos ser um país em que gente voluntária morre para proteger o que deveria estar bem ordenado e planeado.”
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, que já provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
A morte mais recente, conhecida esta quarta-feira, foi a de um homem de 65 anos que morreu na terça-feira à noite atropelado pela máquina de rasto que operava no combate ao incêndio em Mirandela, distrito de Bragança.
Foi ativado o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.
A atuação do chefe do Governo no combate aos fogos tem sido alvo de críticas da oposição, principalmente pela realização da Festa do Pontal, do PSD, durante o período de incêndios.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou Montenegro de andar alheado do país, entre férias e uma festa, enquanto o país enfrentava incêndios, e o presidente do Chega, André Ventura, lamentou a realização da Festa do Pontal, argumentando que “o primeiro-ministro é eleito para governar e não para fazer festas”.
Também a ministra da Administração Interna (MAI), Maria Lúcia Amaral, tem sido acusada de falta de esclarecimentos sobre os problemas operacionais sentidos no combate aos incêndios.
O Presidente da República afirmou que “nem sempre quem está em situações de sufoco é capaz de perceber a importância de responder e esclarecer” a opinião pública.
Foto Rita Franca