A Câmara de Braga e o Sporting Clube de Braga vão tentar chegar a acordo sobre as contrapartidas previstas pela cedência de terrenos e da piscina inacabada (junto ao estádio) para a segunda fase da Cidade desportiva do clube.
A reunião realizada esta quarta-feira no estádio municipal foi inconclusiva embora ambas as partes se tenham mostrado disposta a continuar o diálogo, de modo a que o projecto do clube possa avançar.
Em causa está a cedência ao município de um espaço de 800 metros quadrados, um andar inferior do futuro pavilhão – que vai surgir no lugar da piscina olímpica – e que serviria para actividades ligadas à ginástica.
Esta contrapartida consta da acta de cedência de 12 hectares de terrenos ao Sp. Braga, aprovada em Assembleia Municipal. O presidente da Câmara, Ricardo Rio quer o cumprimento desta obrigação e disse-o, ontem, aos jornalistas no fim da reunião.
O autarca mostrou-se, ainda, disposto a aceitar outra contrapartida idêntica e prometeu dialogar com o clube.
Já o presidente do clube António Salvador afirmou, no final, que o Sp. Braga nunca concordou com a decisão da Assembleia Municipal, adiantando que não faz sentido que o futuro pavilhão tenha outras entidades ou colectividades no seu interior.
Disse que espera que dentro de um mês as duas partes possam chegar a acordo para arrancar com a segunda fase, o que passa pela assinatura da respectiva escritura.
“Dissemos, desde a primeira hora, que não estaríamos disponíveis para ter esse espaço aberto ao público e que nem é possível colocar isso no projecto arquitectónico”, salientou.
Salvador não quis responder sobre a possibilidade, aventada por Ricardo Rio de a obra ser feita noutro espaço: “a não existir naquele espaço, tem que ter como contrapartida outros investimentos por parte do clube em benefício da cidade noutros locais”.