A operação ‘Petardo’, da PJ de Braga, desferiu um golpe um grupo que abasteceria as claques com petardos e outro material pirotécnico nos jogos realizados nos Estádios do Dragão, Alvalade, Luz, Braga, Guimarães e Famalicão, prática criminosa que seria auxiliada por um socorrista da Cruz Vermelha (residente em Barcelos) e um segurança da SPDE ao serviço da Caixa Dragão. (morador em Paços de Ferreira).
A operação da PJ de Braga visou membros de claques de futebol, devido à utilização de explosivos, bem como os industriais e comerciantes de material pirotécnico, que funcionavam numa situação de ilegalidade, embora com o recurso constante a empresas legais.
Os nove detidos são esta sexta-feira à tarde apresentados esta tarde no Tribunal de Guimarães ao juiz de instrução criminal, Pedro Miguel Vieira, mesmo magistrado que ontem durante todo o dia acompanhou no terreno a operação, em que participaram também inspectores da PJ do Porto e agentes do Departamento de Armas e Explosivos da Direcção Nacional da PSP.
Os detidos, seis dos quais já tinham mandados de detenção antes da operação da PJ de Braga, têm entre 27 e 53 anos de idade, parte dos quais estão ligados à animação de futebol e de outros espectáculos desportivos.
O material apreendido superou as expectativas dos investigadores criminais, tendo sido já confiscados artigos pirotécnicos que correspondem a duas furgonetas cheias, porque, segundo o director da PJ de Braga, Gil Carvalho, disse ao PressMinho, “havia que retirar rapidamente a quem não pode nem deve manusear tais materiais perigosos, nem está licenciado para esse efeito”.
O subcomissário Amílcar Antunes, da PSP, confirmou a elevada perigosidade dos explosivos, que eram fabricados dentro de residências, por sua vez contíguas a outras casas de habitação, facto que levou a PJ de Braga a avançar com a operação ‘petardo’.
ULTRA RED BOYS
A única claque que teve buscas foi a Ultra Red Boys, ligada ao Sporting de Braga, mas segundo disse ao PressMinho o líder, Fernando Conceição (‘Lula’), “não apreenderam nada aqui na sede [junto ao Bairro das Andorinhas] e estamos de consciência tranquila”.
TIROS EM AUTOCARRO
Um dos casos investigados e que tem conexão com parte dos suspeitos ontem detidos foi o do ataque a tiro contra um autocarro com vigilantes da empresa de segurança 2045, na noite de 22 para 23 Janeiro deste ano, na Variante Oeste de Braga, junto à estação de serviço da Cepsa, depois de um jogo Sporting de Braga – Vitória de Guimarães, que os vitorianos venceram por 1-2.
A PJ de Braga esclareceu que este caso não está encerrado e nenhum dos nove detidos de quinta-feira o foi por causa deste caso do autocarro baleado.
JG (CP 2015)