A Universidade do Minho calcula que a Semana Santa tenha tido, em 2017, em Braga, um impacto económico total de 15 milhões de euros, dos quais, 9,5 milhões são, directamente imputáveis à celebração religiosa, sublinha a Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa, depois de deduzido o impacto do turismo de uma semana normal, na mesma época do ano.
João Cerejeira, da Escola de Economia e Gestão, revelou que os 9,5 milhões, “traduzem um impacto directo, gerado pelas despesas dos visitantes, de 2,9 milhões de euros, o qual, somados os impactos indirectos e induzidos, aumenta para 7,5 milhões de euros”.
Para o investigador, “o diferencial, resulta da consideração de um impacto mediático na ordem dos dois milhões”.
Estes dados constam de um estudo da Escola de Economia e Gestão, com 1106 inquéritos, divulgado em conferência de imprensa na Sé Catedral por aquele universitário e por Luís Miguel Rodrigues, da Comissão da Semana Santa.
O documento estima que 64 mil pessoas, não residentes no distrito, tenham visitado a cidade e que, destas, 22 mil pernoitaram em unidades hoteleiras.
No perfil do visitante, “destaca-se o peso dos estrangeiros (60%), distribuídos por 30 nacionalidades diferentes, oriundos principalmente de Espanha (36%). A programação da Semana Santa é avaliada de forma muito positiva, sendo recomendada por 99% dos inquiridos.
Na programação, destaca-se o papel das procissões e celebrações religiosas como principal foco de atracção, com potencial reflexo na assistência aos outros eventos previstos durante essa semana. Esta opinião bastante positiva estende-se à cidade de Braga.
Os turistas realizaram uma despesa média diária de cerca de 79 euros”. Do inquérito realizado junto dos comerciantes, realça-se o aumento generalizado da facturação, sinalizado por mais de 50% dos inquiridos.