O Barhaus, em Braga, recebe esta quinta-feira, pelas 21h15, mais uma sessão do PubhD UMInho. Desta vez os convidados chegam do mundo da Biofísica e da Educação. Sérgio Veloso apresenta a sua pesquisa sobre magnetogéis de efeito terapêutico e Marisa Batista aborda a inclusão e a multiculturalidade no contexto escolar.
Marisa Batista (Educação) – ‘Quando o mundo entra na escola’. Refazer a vida e sonhar com um futuro melhor num país estranho pode ser um desafio com muitas dificuldades. Parte dos obstáculos emergem na escola, onde ao constrangimento da adaptação acresce a exclusão. A falta de sensibilização para o multiculturalismo e a hibridez, características do mundo em que hoje vivemos, são, segundo acredita a investigadora Marisa Batista, fruto da incapacidade formativa da comunidade escolar onde funcionários e professores “não estão capacitados e muito menos corroboram para o grau de complexidade desta inclusão”. No seu projecto de doutoramento, Marisa explora fórmulas que possam combater a exclusão social no contexto escolar, enfrentar a homogeneização e a normalização burocrática que identifica como principais inadequações do ambiente escolar e das relações sociais que nele decorrem. “O cidadão do mundo e a organização ética da escola”, tema da sua tese em curso na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, resume o objectivo central do projecto e que passa por sensibilizar os agentes educativos para a convivência com a diferença.
Sérgio Veloso (Biofísica) – ‘Atraídos pelo hidrogel’. Licenciado em Bioquímica, Sérgio Veloso ensaia no seu projecto de mestrado em Biofísica e Bionanossistemas o efeito terapêutico dos magnetogéis. Dito assim, o assunto parece indecifrável, mas o propósito é bem compreensível: com os seus estudos o investigador pretende desenvolver um dispositivo médico para a terapia combinada. Na prática, isto significa que a utilização de hidrogelantes sintetizados em laboratório (moléculas muito pequenas que se organizam em redes quando inseridas em água) pode facilitar a aplicação de medicamentos, por via de doseamento que evite deslocações frequentes ao médico apenas por motivos de regularização da medicação. “O objectivo é desenvolver um dispositivo médico para a terapia combinada”, afirma o investigador do Centro de Física da Universidade do Minho.
PUBHD
O PubhD é um movimento internacional de divulgação informal da ciência, lançado em Nottingham (Reino Unido) em 2015 e que chegou a Portugal pouco depois. Tem como principais características a realização de conversas informais sobre projectos de investigação, em bares, limitando os oradores à comunicação criativa sem apoio de suportes multimédia e sujeitando-se eles às perguntas do público leigo no assunto.
O PubhD UMinho é organizado pelo STOL, um grupo de Comunicação de Ciência do departamento de Biologia-UMinho e já contou com a participação de 86 investigadores nas mais diversas áreas perfazendo, com esta, 41 sessões.