Uma petição publica online dirigida ao Presidente da República, Governo e grupos parlamentares pede a restituição da ponte ferroviária Eiffel, que até 1989 servia para que o comboio da linha do Minho cruzasse as margens do rio Âncora, na Mata Nacional da Gelfa, em Vila Praia de Âncora.
Tendo como promotores, segundo a Rádio Geice, Rui Maia, mestre em Património Cultural, e o presidente da Junta de Freguesia de Âncora, no concelho de Caminha, pede ao poder político interceda junto da Câmara de Lanhoso que “para que esta restitua a Ponte ferroviária Eiffel, que realizava a primitiva travessia do rio Âncora, em Caminha, à autarquia de Âncora”.
“Solicitamos ajuda no sentido de a restituir ao seu local primitivo, e dentro do possível converter o que resta num memorial da nossa história ferroviária e do génio que a criou. A Ponte Eiffel do Âncora pertence ao Alto Minho, às suas gentes – é identidade”, explica a petição, que, ao início da tarde desta segunda-feira, contava com centena e meia de assinaturas.
Após a substituição dessa infra-estrutura, “por uma mais capaz de responder aos novos paradigmas de carga e velocidade” na ferrovia – Linha do Minho – a Ponte Eiffel do Âncora foi doada pela CP – Comboios de Portugal – à autarquia da Póvoa de Lanhoso, “para realizar a travessia rodoviária de um rio, nunca tendo sido adaptada ao mesmo, tendo a autarquia construído uma em betão armado.
“Após todo este tempo, sem que a Ponte Eiffel fosse condignamente utilizada, decidiu a autarquia da Póvoa de Lanhoso colocar a mesma num espaço de uma empresa de indústria metalúrgica – a DAEL – em Covelas”, historia a petição.
Actualmente “essa importantíssima obra de arte dos tempos áureos da nossa ferrovia padece de uma constante degradação, tendendo a desaparecer”.
A petição apela à Direcção-Geral do Património Cultural, com o apoio da Assembleia da República, que encontre “uma solução digna” para esse” património industrial desenhado pela mão de um dos mais brilhantes génios do ferro: Alexandre Gustave Eiffel”.
“A autarquia de Âncora, tentou há uns anos a esta parte reaver a infra-estrutura, que apesar de tudo se encontra retida por questões burocráticas. Assim, solicitamos ajuda no sentido de a restituir ao seu local primitivo, e dentro do possível converter o que resta num memorial da nossa história ferroviária e do génio que a criou”, lê-se na petição.
“A Ponte Eiffel do Âncora pertence ao Alto Minho, às suas gentes – é identidade”, remata.
Fotos Rádio Geice