O recém-eleito presidente francês fez uma escolha pouco comum e escolheu para chefe de Governo um membro de outra família política que não a sua.
O presidente francês, Emmanuel Macron, designou esta segunda-feira para primeiro-ministro Édouard Philippe, deputado pelo partido Os Republicanos (direita) e presidente da câmara da cidade portuária de Havre (norte).
Édouard Philippe, 46 anos, é considerado um moderado próximo do ex-primeiro-ministro e candidato derrotado nas primárias da direita para as presidenciais, Alain Juppé.
Reagindo à escolha de Philippe para primeiro-ministro, Juppé afirmou que se trata de “um homem de grande talento” com “todas as qualidades para a difícil função”.
Édouard Philippe foi porta-voz da campanha de Juppé nas primárias. Quando o ex-primeiro-ministro foi derrotado, Philippe deu o seu apoio a François Fillon, mas deixou a campanha quando a justiça anunciou uma investigação ao alegado uso indevido de fundos públicos pelo candidato da direita.
Como Macron, Philippe formou-se nas principais escolas francesas e trabalhou no sector privado antes de iniciar uma carreira política.
Presidente da câmara de Havre desde 2010, Philippe trabalhou anteriormente (2007-2010) como director na multinacional francesa de energia nuclear Areva e, entre 2004 e 2007, como advogado num escritório internacional de advocacia.
Casado e com três filhos, herdou do pai e da mãe, ambos professores, o gosto pelas letras, tendo escrito com Gilles Boyer dois romances policiais.
A nomeação foi anunciada pelo secretário-geral do Eliseu, Alexis Kohler. A composição do governo de Philippe deve ser anunciada na terça-feira.
Fonte: TSF