Um bom leque das 112 empresas e seus gestores que esta quarta-feira estiveram na AIMinho numa sessão de apresentação do projeto Novo Rumo a Norte da Associação Empresarial de Portugal (AEP) lamentam o atraso no arranque dos fundos comunitários do programa europeu Portugal 2020.
Vários dos presentes, ainda que sem querer assumir as críticas publicamente, disseram que o atual governo fez anúncios, mas os concursos continuam por abrir quer no Norte quer no resto do país: “Fazer proclamações é fácil”, disse um deles ao PressMinho/jornal “O Vilaverdense”. A posição dos empresários é partilhada por vários técnicos das duas associações empresariais presentes.
Apesar disso a AEP acredita que com o seu projeto, “os empreendedores e as empresas da região Norte vão passar a aceder mais facilmente a informação estratégica para os seus negócios e a poder aproveitar melhor os fundos comunitários disponíveis até 2020”.
São estes os dois principais objetivos do projeto Novo Rumo a Norte (NRN), ontem apresentado em Braga, na terceira sessão pública de um “road show” que até 3 de Maio passa pelas oito sub-regiões NUTS III abrangidas por esta iniciativa da Associação Empresarial de Portugal (AEP).
A AEP garante que “a sua operacionalização propiciou a criação de uma rede colaborativa, com quase seis dezenas de parceiros, que tem vindo a mobilizar o movimento associativo empresarial de uma região com mais de 340 mil empresas e onde estão sediadas 39% das exportadoras portuguesas”.
O projeto visa, em linhas gerais, apoiar os empreendedores e as micro, pequenas e médias empresas dos 86 municípios da região Norte, independentemente do sector em que operem e da área geográfica onde desenvolvam atividade, no acesso a mais e melhor informação económica e na rentabilização dos diferentes instrumentos de apoio disponíveis até 2020, no quadro do atual ciclo de fundos estruturais da União Europeia.
Daí que os três eixos fundamentais de intervenção sejam a cooperação, o empreendedorismo e a inovação.
“A nossa visão é inclusiva e entendemos que qualquer operador económico da região, seja qual for o setor, a geografia ou a dimensão, deve ter acesso aos mesmos apoios e às mesmas oportunidades. Só desta forma estaremos a contribuir para um maior equilíbrio no território e para a coesão social da região e do país”, justifica Luis Miguel Ribeiro, vice-presidente da AEP e diretor do projeto NRN.
Luís Moreira (CP 8078)