A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta de Braga condena “veementemente” a medida “discriminatória” de manter a realização dos exames nacionais de acesso ao ensino superior, no contexto da actual pandemia.
“Quando em todas as áreas da governação têm vindo a ser tomadas medidas de excepção, de gestão da crise e dos seus impactos, surpreende-nos negativamente que o Ministério da Educação defenda e implemente a realização de exames nacionais”, afirma a UMAR Braga, acrescentando que o ministro Tiago Brandão Rodrigues “parece ignorar que o contexto actual veio introduzir novas desigualdades e acentuar as pré-existentes em todo o tecido social e também na vida das/os estudantes do ensino secundário”.
Aquela colectivo afirma, em nota ao PressMinho, “não admitir” que sejam ignoradas, “não apenas as desigualdades sociais e económicas, mas também as assimetrias regionais e todos os condicionalismos que vieram afectar as nossas vidas, marcando de forma indelével o quotidiano de uma boa parte da população”.
Lembram ainda que “os percursos das/os jovens estudantes, em cujos agregados familiares se confrontam (ou confrontaram) com a doença, com a perda de um familiar próximo, com o lay-off e/ou desemprego dos progenitores, entre outros problemas agudizados pelo confinamento, como a violência doméstica, conflitos e desequilíbrios de vária ordem”.