A Câmara de Braga obteve um financiamento de 234 mil euros para a segunda edição do projecto ‘Cuidar Braga’, uma iniciativa que visa combater os incêndios florestais e proteger a natureza, as pessoas e os bens. O financiamento permite avançar com a instalação de um Centro de Biotrituração Comunitário e reduzir as queimadas.
A verba foi atribuída pelo programa ‘Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono’ do EE Grants, um mecanismo financeiro plurianual que apoia financeiramente os Estados-Membro da União Europeia com maiores desvios da média europeia do PIB per capita.
A candidatura apresentada pela autarquia foi considerada uma das cinco melhores classificações do programa de financiamento, tendo mesmo obtido a melhor classificação dentro da sua área.
REDUZIR QUEIMADAS
Recorde-se que o ‘Cuidar Braga’, lançado pelo município no início deste ano em parceria com as juntas de freguesia, foi financiado pelo Fundo Recomeçar da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. A iniciativa disponibilizou à população, de forma gratuita, dois bio trituradores para a destruição de sobrantes agrícolas e florestais, com o objectivo de reduzir em 40 por cento o número de queimas realizadas no concelho.
Agora, com o ‘Cuidar Braga II’, a Autarquia vai operacionalizar três opções de adaptação da Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, através da instalação e dinamização do Centro de Biotrituração Comunitário.
Para concretizar a proposta, a autarquia desenhou duas actividades técnicas que integram a angariação de parceiros, nomeadamente autoridades locais (juntas de freguesia) e gestores de floresta, que podem beneficiar da fracção móvel do equipamento para triturar biomassa in loco e dinamizar a acção, e, por outro lado, a infra-estruturação do Centro de Bio Trituração para admissão, processamento (trituração) e encaminhamento da biomassa verde/florestal entregue por cidadãos e parceiros.
Para valorizar o subproduto, que se pretende distribuir gratuitamente entre os contribuintes de biomassa, promovendo uma economia circular, o município irá trabalhar em parceria com a Braval, empresa intermunicipal de valorização e tratamento de resíduos sólidos.
Assim, o projecto vai permitir à autarquia operacionalizar três opções de adaptação das 29 identificadas na Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, nomeadamente a monitorização do estado sanitário do parque arbóreo; promoção do aproveitamento de biomassa florestal (aquecimento de águas, pellets, etc.) e a promoção do ordenamento e gestão florestal.