Portugal continua a ocupar a sétima posição no Índice Global de Paz 2025, divulgado esta quarta-feira pelo Instituto para a Economia e a Paz (IEP), fundado e presidido pelo australiano Steve Killelea.
No pódio dos países mais pacíficos do mundo estão agora a Islândia (número um já no anterior relatório, e desde 2008), a Irlanda e a Nova Zelândia.
No fundo da tabela, portanto os menos pacíficos, surgem o Sudão, a Ucrânia e a Rússia.
Pela primeira vez, a Rússia é o país menos pacífico do mundo, segundo o IEP.
O Índice Global de Paz, sublinham os autores do relatório, “revela um declínio contínuo na paz global, com muitos indicadores-chave que precedem grandes conflitos mais altos do que em qualquer outro momento desde a Segunda Guerra Mundial. O aumento das mortes em conflitos, a aceleração das tensões geopolíticas e a assertividade das potências médias estão a impulsionar a ‘Grande Fragmentação’ – uma reformulação fundamental da ordem global e marcar o surgimento de uma nova era geopolítica. Quando combinados com a competição entre as grandes potências, tecnologias de guerra assimétricas e o aumento da dívida em economias frágeis, a perspetiva de novos conflitos é alta”.
No Índice Global de Paz, do Instituto para a Economia e para a Paz, o Irão surge como o 142.º menos pacífico e Israel como o 155.º, posições destinadas, adivinha-se, a baixar ainda mais no próximo relatório do IEP.
O mundo ficou menos pacífico pela 13.ª vez e a paz piorou em mais de 80 países.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
– A paz global está no nível mais baixo desde o início do Índice, e as condições que precedem o conflito são as piores desde a Segunda Guerra Mundial.
– A paz global tem-se deteriorado todos os anos desde 2014, com uma centena de países a verem a sua situação deteriorar-se na última década.
– Há atualmente 59 conflitos ativos a envolver Estados – o maior número desde o final da Segunda Guerra Mundial, com 152.000 mortes relacionadas com conflitos registadas em 2024.
– Houve 17 países com mais de 1000 mortes em conflitos internos em 2024, o maior número desde 1999, e outros 18 países que registaram mais de 100 mortes.
– O mundo está num ponto de inflexão, com a influência global e a fragmentação do poder.
– O número de países globalmente influentes quase triplicou desde o fim da Guerra Fria, passando de 13 para 34 em 2024.
– Os conflitos estão a tornar-se mais internacionalizados, com 78 países envolvidos em conflitos além das suas fronteiras em 2024.
Com DN