A Operação Atalanta, uma força naval da União Europeia sob comando português, “libertou com sucesso” um navio que tinha sido “sequestrado por piratas no Oceano Índico”, ao largo da Somália.
Em causa está o navio mercante MV Hellas Aphrodite, que, na passada quinta-feira, foi “abordado por cinco indivíduos armados com espingardas e lança-granadas (RPG), a cerca de 600 milhas náuticas da costa da Somália”, quando tinha 24 tripulantes a bordo.
“Após o alerta de pirataria, os meios da Operação ATALANTA foram imediatamente mobilizados para tomar conta da ocorrência, atuando com rapidez e eficácia no enquadramento da missão”, indicou o Gabinete do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, num comunicado enviado às redações este sábado.
A missão, que contou com a “presença de 10 militares portugueses no Estado-Maior” integrados na estrutura multinacional da força, “evitou vítimas e devolveu a segurança à tripulação composta por 24 elementos”.
Segundo a nota, a presente ação decorre no âmbito da 51.ª rotação da Operação ATALANTA, em curso entre outubro de 2025 e fevereiro de 2026, atualmente sob liderança portuguesa.
“Portugal reafirma, assim, o seu compromisso com a segurança marítima internacional e com a proteção das rotas comerciais globais, através de uma participação ativa e exemplar nas missões da União Europeia”, lê-se.
Na sexta-feira, fonte da força naval europeia já tinha indicado que os 24 marinheiros a bordo de um petroleiro atacado já tinham sido libertados.
A apreensão do Hellas Afrodite, com bandeira maltesa, que transportava uma carga de gasolina da Índia para a África do Sul, terminou quando a fragata espanhola Victoria se aproximou da embarcação.
Sublinhe-se que Portugal assumiu o comando da 51.ª rotação da Força Naval da União Europeia (EUNAVFOR), no âmbito da Operação Atalanta, “reafirmando o compromisso nacional com a segurança marítima internacional e com os esforços conjuntos da União Europeia no combate à pirataria e na garantia da liberdade de navegação no Oceano Índico Ocidental”.
A EUNAVFOR, sob o comando do Comodoro João Pedro Monteiro da Silva, é composta por militares da Marinha Portuguesa, da Armada Espanhola e da Marinha Militar Italiana.






