O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou este sábado “solidariedade” pela morte de uma mulher no Algarve, sublinhando que quem perde a vida em fenómenos meteorológicos extremos “normalmente é o mais indefeso”.
“São mais idosos, são mais pobres, têm menos condições de se proteger, de se prevenirem, e daí a minha palavra de solidariedade”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando “lamentar e acompanhar o sofrimento” das famílias afetadas.
Questionado sobre se o país está preparado para enfrentar mais tempestades deste tipo, Marcelo recusou pronunciar-se, remetendo a avaliação para a Proteção Civil e para o Governo. Ainda assim, reconheceu que esta depressão “acabou por ultrapassar na sua incidência” o que estava inicialmente previsto, “atingindo de forma mais profunda” as respetivas zonas afetadas e durante mais tempo.
O chefe de Estado destacou ainda o comportamento da população nas regiões mais afetadas. “Os portugueses foram muito disciplinados, muito sensatos”, afirmou, sublinhando que muitos lisboetas optaram por ficar em casa, reduzindo a circulação e evitando agravar riscos. Notou inclusivamente que o trânsito na Grande Lisboa esteve muito abaixo do habitual, o que, na sua leitura, ajudou a limitar potenciais danos e vítimas.
A vítima mortal das condições extremas deste sábado era uma mulher britânica de 85 anos, que perdeu a vida no parque de campismo de Albufeira, atingido por um tornado confirmado pelo instituto Português do Mar e da Atmosfera – IPMA.
Além da morte, cinco pessoas ficaram feridas no local, e um empreendimento turístico no concelho registou mais 23 feridos ligeiros. No total, Albufeira contabilizou 28 feridos, incluindo dois graves, de idades entre os 6 e os 85 anos.
Segundo a Proteção Civil do Algarve, a região registou 412 ocorrências desde a ativação do estado de prontidão devido à depressão Cláudia, mobilizando quase mil operacionais. As situações mais graves concentraram-se em Faro, Albufeira, Lagoa e Silves.
Com Expresso e CMTV






