O vulcão Klyuchevskoy entrou em erupção em Kamchatka, na sequência do maior terramoto desde 1952 na região, indicou a delegação de Kamchatka do Serviço Geofísico da Academia das Ciências da Rússia no seu canal Telegram, citada pela agência russa TASS.
“Neste momento, o Klyuchevskoy está em erupção”, lê-se na publicação que acompanha uma fotografia da erupção do vulcão de 4.750 metros de altitude que faz parte do Anel do Fogo do Pacífico.
De acordo com Yelena Kobeleva, diretora da secção do Baical do Serviço Geofísico da Academia das Ciências da Rússia, citada também pela agência TASS, o sismo de Kamchatka pode ter sido influenciado por atividade solar intensa.
“Recentemente, ocorreu um sismo de magnitude 5 no Cazaquistão, apesar de ser raro acontecerem sismos deste tipo neste país. Concordo com muitos dos meus colegas que atribuem isto a um aumento da atividade solar, são frequentes os anúncios de tempestades geomagnéticas e os relatos de erupções solares”, disse Kobeleva.
A especialista observou que os processos tectónicos são influenciados pela atividade solar e especificou que Kamchatka pode sofrer simultaneamente sismos tectónicos, submarinos e vulcânicos, devido à sua localização e às suas características.
“Segundo os dados mais recentes, a distância (do epicentro) é de 17 quilómetros. O terramoto ocorreu na baía de Avacha, mas foi pouco profundo”, salientou.
Um novo terramoto de magnitude 6,2 foi registado na península às 21h56 locais (10h56 em Lisboa), com o epicentro a ser localizado a uma profundidade de 69 quilómetros e a quase 200 quilómetros a leste da capital de Kamchatka.
Os especialistas russos indicaram que, após o primeiro tremor de terra, durante uma hora ocorreram treze réplicas de magnitude 5,6 perto de Petropavlovsk-Kamchatski, capital da península.
As autoridades locais estão ainda a avaliar os danos, sendo que o processo pode prolongar-se durante uma semana.
O sismo de Kamchatka foi o oitavo de maior magnitude já registado no mundo, segundo organismos científicos internacionais.