Enquanto uma onda de calor atinge a maior parte da Europa, a Torre Eiffel anunciou esta terça-feira que tenciona fechar as portas mais cedo: com temperaturas previstas em Paris a atingir 38,3 graus Celsius esta terça-feira, um dos maiores ícones da Cidade Luz informou em comunicado que encerrava às 16 horas (horário local).
O site da Torre Eiffel informou também que as fontes que levam ao pátio do monumento estão disponíveis para quem procura uma pausa do calor.
O famoso Atomium, uma das maiores atrações turísticas de Bruxelas, está a reduzir o seu horário de visita devido às altas temperaturas que estão a transformar a icónica estrutura de aço num forno.
Com as temperaturas a subirem além dos 34°C esta terça-feira, o Jardim Zoológico de Praga entregou 10 toneladas de gelo para ajudar os seus animais a lidar com o calor abrasador do verão.
Os ursos polares ‘Aleut’ e ‘Gregor’, mais habituados ao Ártico do que ao sol checo, refrescaram-se no gelo espalhado pelo seu recinto ao ar livre.
RECORDES BATIDOS
Outros países, lembrou o site americano ‘ABC News’, — incluindo Portugal e Espanha — quebraram recordes de calor esta semana, enquanto em Londres, foi o dia de abertura de Wimbledon mais quente de todos os tempos, com temperaturas a chegarem aos 34 graus Celsius na segunda-feira.
“Todos estão em risco”, disse Clare Nullis, porta-voz da Organização Meteorológica Mundial. “Se sair sem água no meio do dia, para correr ou andar de bicicleta, provavelmente terá problemas de saúde ou até mesmo morrerá.”
“O calor extremo não é mais um evento raro — tornou-se o novo normal. O planeta está a ficar mais quente e mais perigoso — nenhum país está imune”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em comunicado.
Temperaturas mais altas são esperadas esta quarta-feira, antes que a chuva traga alívio para algumas áreas, de acordo com a ‘Associated Press’.
“O que é excecional — e eu diria excecional, mas não sem precedentes — é a época do ano”, disse Nullis. “Estamos a 1 de julho e estamos a presenciar episódios de calor extremo que normalmente veríamos mais tarde.”