A Textil Confiberica, que está instalada em Caldas de Vizela e que tem como cliente a dona da Zara, entrou com um pedido de insolvência e já não vai retomar atividade, deixando os 160 funcionários sem trabalho.
Segundo confirmou ao ECO fonte sindical, os trabalhadores têm os salários em dia, mas “setembro já não vai ser pago”.
A Confiberica “é uma empresa que trabalha para a Inditex e entrou com um pedido de insolvência”, avançou ao ECO Francisco Vieira, líder do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes. Segundo o responsável, “a empresa é para liquidar, não volta a abrir”, deixando assim mais 160 trabalhadores do setor no desemprego.
Apesar deste encerramento ter surpreendido, Francisco Vieira explica que os funcionários já estavam em casa desde o dia 12 de setembro. Em relação aos salários, o sindicalista adianta que está tudo em dia, à exceção do mês que está prestes a terminar. “Receberam o mês de agosto e o subsídio de férias, mas setembro não vai ser pago”.
Com sede em Vilarinho, mas a laborar no Parque Industrial da Garça Real, em Caldas de Vizela, a têxtil tem igualmente “uma empresa em Marrocos que também produz para a Inditex”, avançou ainda Francisco Vieira, notando que esta unidade no Norte de África não será encerrada.
O sindicalista adiantou que o gerente da Textil Confiberica integra também a administração da Lusoibérica, que se mantém em funcionamento no Parque Industrial da Garça Real e não irá fechar portas.
Este é mais um episódio a envolver uma têxtil no Ave, mostrando que a crise do setor na região está longe de terminar. Vários grupos avançaram nas últimas semanas com o fecho de unidades, planos de revitalização e o despedimento de centenas de pessoas.
As associações que representam esta indústria já avisaram que são precisas medidas de emergência que permitam às empresas reestruturar o negócio e salvar unidades, reconhecendo também que a ‘sangria’ no setor ainda não terminou.
Com ECO