A Câmara de Braga apresentou, esta quinta-feira, a primeira fase de execução do Parque das Sete Fontes. Com uma área de intervenção de 8,6 hectares, esta etapa inicial representa um “avanço fundamental” na criação de um parque ecológico e cultural em torno do monumento nacional.
Ricardo Rio, presidente da autarquia, apontou esta primeira fase como “um marco decisivo” e um “avanço fundamental” na concretização de “um dos projetos paisagísticos e ambientais mais emblemáticos da cidade”.
“Nos últimos anos, a autarquia tem desenvolvido uma ação consistente de proteção e valorização deste património único, que integra um dos mais notáveis sistemas hidráulicos do século XVIII”, referiu.
Entre as medidas adotadas, o autarca destacou a suspensão do PDM em 2014, a aplicação de medidas preventivas para travar “construções lesivas” e a anulação da Variante de Gualtar, assegurando assim a preservação integral do conjunto patrimonial.
Com base em estudos técnicos e ambientais, foi elaborado um Plano de Urbanização sustentável, orientado pela compatibilização entre património, natureza e usufruto público. Recentemente, foi ainda celebrado um acordo com o Hospital de Braga, garantindo “uma integração harmoniosa entre o parque e o equipamento de saúde.
O município assegurou já 18,6 hectares de terrenos, correspondentes a cerca de 70% da área necessária ao projeto global, resultado de negociações com proprietários e de uma estratégia de planeamento territorial de longo prazo.
Ricardo Rio sublinhou a importância desta intervenção. “Em breve estaremos em condições de lançar o concurso público para a realização desta primeira fase do parque, que se encontra na fase final de obtenção dos parceiros externos necessários à sua viabilização. Nesta fase, não estamos a falar de intervenções de fundo, mas sim de ações de enquadramento, que garantam a fruição, a circulação e a segurança dos visitantes, preservando o monumento e tornando este espaço ainda mais atrativo”, disse.
Com um investimento previsto de 1,5 milhão de euros, esta fase visa dotar o espaço de melhores condições de acesso, conforto e segurança, reforçando a atratividade do local e promovendo a sua descoberta por parte da comunidade.
“É uma intervenção absolutamente necessária para dar mais visibilidade ao parque e permitir que os bracarenses o descubram e usufruam plenamente deste espaço notável. Exorto todos a visitarem as Sete Fontes e a desfrutarem deste local de contacto com a natureza, convívio e prática desportiva, que é motivo de orgulho para a cidade e para todos os que trabalharam para o preservar”, concluiu Ricardo Rio.
AGRADECIMENTO À COMUNIDADE
Durante a sua intervenção, o presidente da Câmara deixou ainda uma palavra de agradecimento a todos os que contribuíram para a preservação e valorização das Sete Fontes ao longo dos últimos anos.
O autarca destacou o empenho das associações de defesa do património, investigadores, dos técnicos municipais e cidadãos, que, “com o seu trabalho e dedicação, ajudaram a garantir que este espaço singular fosse protegido e pudesse agora ser devolvido à cidade em condições de plena fruição”.
Segundo Ricardo Rio, este projeto é o resultado de um esforço coletivo e de uma visão partilhada de sustentabilidade e respeito pelo património histórico e ambiental de Braga.
“O Parque das Sete Fontes afirma-se assim como um projeto estruturante, que alia preservação patrimonial, sustentabilidade ambiental e valorização cívica, reforçando a posição de Braga como cidade histórica e comprometida com o futuro”, conclui.