O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do Distrito de Viana do Castelo disse esta quinta-feira que a deslocalização de um helicóptero do heliporto de Arcos de Valdevez para Portalegre deixa a região “refém da sorte e da meteorologia”.
Contactado pela agência Lusa, a propósito da decisão do Governo de atenuar a ausência de cinco meios aéreos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2025, Vítor Paulo Pereira disse que é uma decisão “muito nefasta” para o Alto Minho caracterizado por “um relevo muito montanhoso que só os meios aéreos permitem um combate mais eficaz”.
Segundo o socialista Vítor Paulo Pereira, o distrito “vai ficar numa situação de maior fragilidade por ser um dos que no país tem menos bombeiros disponíveis”.
“Isto nem é uma questão de estar a fazer política. É uma questão de salvaguardar a população e de evitar todas as consequências negativas de grandes incêndios que são uma ameaça latente todos os verões. Com menos um helicóptero a situação torna-se mais difícil”, sustentou.
“Temos tido dificuldades que decorrem de situações que nos ultrapassam, designadamente o concurso da Força Aérea que ficou deserto e nos impossibilita de, no curto prazo, ter todos os meios disponíveis que gostaríamos de ter”, disse Rui Rocha aos jornalistas durante visita à Base de Apoio Logístico de Castelo Branco.
Vítor Paulo Pereira acrescentou que além do relevo muito acidentado e da falta de bombeiros, “as condições climatéricas, este ano, contribuíram muito para o aumento da carga combustível”.
“Tudo isto nos deixa muito preocupados. O Governo disse que ia fazer tudo para que o meio aéreo regresse, mas como também sabemos das dificuldades da contratação pública, temo que a reposição do helicóptero já não seja feita a tempo”, realçou.
Governo leva helicóptero do Minho para o Alentejo por falta de meios aéros
Autarca de Arcos de Valdevez preocupado com deslocalização de um helicóptero