O Movimento de Cidadania Contra a Indiferença considera que os eleitores do Minho, e em particular de Braga, “foram mais uma vez um exemplo para o país, com o distrito a liderar a redução da taxa de abstenção”, antevendo-se uma taxa de 31, 54%, enquanto o concelho ficou quedou pelos 35,96%, contra 36,82% e 43.06%, verificadas nas eleições anteriores, ocorridas em 2021.
“Seguindo a trajetória nacional de redução do número de eleitores que se abstiveram há quatro anos, passando de 46,35 para 40,71% – número que já não se registava desde 2005- a adesão às urnas permitiu consolidar a tendência que se vem verificando desde 2022, altura em que se realizaram eleições legislativas antecipadas”, afirma o movimento em comunicado.
Da leitura dos resultados, o Cidadãos Contra a Indiferença refere que esta tendência foi ainda mais evidente nas presentes eleições em que deixou de haver em Braga, assembleias de freguesia com taxas superior a 50 por cento como era o caso de S. Victor, Lázaro e S. João de Sousa e Maximinos, Sé e Cividade, que desta vez registaram valores que oscilaram entre os 42 e os 46 por cento.
Apenas a freguesia de s. Vicente se manteve na casa dos 40 por cento, com as restantes freguesias que tinham valores acima de 40 por cento a baixarem a sua média para cerca de 35 por cento.
Para as freguesias que registavam em 2021, valores entre os 30 e os 40 por cento, apenas Celeirós e Sobreposta mantiveram a abstenção pouco acima da linha de água.
As restantes tiveram oscilações entre os 23,72 de Morreira e Trandeiras e Merelim S. Paio, Panoias e Parada de Tibães, com 29,92%.
Abaixo da linha dos 30, havia 11 territórios, todos do interior do concelho, com redução das suas taxas, exceção de uma ligeira subida de Prisco de 25,42% para 26,13%.
TEBOSA CAMPEÃ
O comunicado sublinha “o empenho de freguesias”. Figueiredo, Tadim e Tebosa que se juntaram a Arentim e Cunha”, tendo todas elas registado valores inferiores a 20 por cento, “sendo que a campeã na participação cabe a Tebosa com 16, 43%.”
Com estes resultados, o Movimento de Cidadania Contra a Indiferença “saúda os eleitos e os cidadãos que se empenharam no sucesso destas eleições autárquicas, dando um exemplo do que deve ser a participação cívica política ativa e esclarecida”.
O Movimento, depois de recordar as próximas eleições para a presidência da República, ato eleitoral que tradicionalmente lidera a abstenção com 60,08%, “um valor astronómico que é preciso combater”, apela “desde já aos candidatos que assumam um discurso pedagógico e mobilizador para que também, neste ato eleitoral, seja possível mobilizar o eleitorado”.
Fernando Gualtieri (CP7889)