“A minha posição é de uma clareza meridiana. […] Eu, se for Presidente da República, e o Chega, um dia, ganhar as eleições [legislativas], naturalmente que darei posse a um Governo do Chega. Isso é o que manda a Constituição”, declarou aos jornalistas, antes da segunda reunião da comissão política da sua candidatura, em Lisboa.
Luís Marques Mendes pronunciava-se sobre as declarações de André Ventura, que esta terça-feira afirmou que o seu adversário nas eleições presidenciais não aceitaria que o Chega fosse Governo.
“Antes de indigitar um líder do Chega, eu poderei ser obrigado a exigir um documento escrito de garantias constitucionais, se o programa eleitoral do Chega tiver medidas grosseiramente inconstitucionais, tipo pena de morte, prisão perpétua”, admitiu o antigo governante.
Marques Mendes recordou que o Presidente da República é “o garante do cumprimento da Constituição e, portanto, tem que cumprir e fazer cumprir a Constituição”.
“Eu sei que sou o único candidato presidencial que põe esta exigência. Mas esta exigência acho que é o mínimo para garantir cumprir a Constituição. Cumprindo a Constituição, se [o Chega] ganhar as eleições, tem direito a formar o Governo”, completou.






