O candidato presidencial Luís Marques Mendes congratulou-se, esta quinta-feira, com o anúncio do Governo de abertura do processo que pode levar ao reconhecimento da Palestina enquanto Estado, considerando ser uma decisão inevitável e pediu concentração na crise humanitária em Gaza.
“Congratulo-me com a decisão do Governo sobre o reconhecimento do Estado da Palestina. Era uma decisão inevitável. O importante agora é debelar a crise humanitária chocante que se mantém em Gaza”, declarou Marques Mendes na rede social X.
O candidato à Presidência da República tem vindo a pronunciar-se sobre a situação no Médio Oriente, tendo dito ao jornal Público no sábado que “é preciso coragem para agir” e que “começa a ser tempo, também, de a União Europeia, em conjunto, reconhecer o Estado da Palestina, em concordância com a doutrina internacional da consagração de dois Estados” no conflito no Médio Oriente.
Há uma semana, Marques Mendes tinha condenado o silêncio do Ocidente face à situação em Gaza.
“Acho que aqui a Europa tem um comportamento de enorme hipocrisia. A Europa, e bem, sempre criticou a Rússia pelos ataques a civis na Ucrânia, e agora, não tem uma palavra forte a Israel que está também a atacar civis em Gaza. Não pode haver dois pesos e duas medidas”, afirmou aos jornalistas, em Bragança.
Luís Marques Mendes disse nessa ocasião que “a Europa deveria de agir e, sobretudo, em obediência a um princípio: Israel é um país amigo de Portugal e amigo da Europa, mas os amigos existem, para terem a coragem de dizer a verdades”.
“Portanto, Portugal deveria dizer a um país amigo e também a Europa, o seguinte: há barreiras que estão a ser ultrapassadas e os direitos humanos têm de ser repostos na Faixa de Gaza”, vincou.
O Governo anunciou esta quinta-feira, que vai ouvir o Presidente da República e os partidos políticos com representação parlamentar com vista a “considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano” na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.