Luís Montenegro assumiu, esta terça-feira, na cimeira da NATO em Haia, o compromisso de Portugal atingir os 3,5% do PIB em investimento na Defesa até 2035.
Ao contrário da posição da vizinha Espanha, que procura um regime de exceção, o primeiro-ministro português garantiu que o país quer alinhar-se com as metas definidas pela aliança atlântica.
Pela primeira vez, Luís Montenegro colocou números concretos no horizonte: o objetivo é chegar gradualmente à meta dos 3,5%, sendo que até ao final da legislatura, em 2029, o investimento deverá crescer até aos 3%. Para já, a meta para 2024 é passar dos atuais 1,5% para os 2%.
Sem revelar pormenores sobre a forma como o aumento será concretizado, o chefe do Governo referiu que o reforço do investimento será feito em três eixos principais: recursos humanos, equipamento e infraestruturas. Um esforço orçamental que, segundo Montenegro, custará ao país cerca de mil milhões de euros.
Num discurso de compromisso perante os aliados, Montenegro não poupou críticas ao passado recente. Disse que “Portugal não foi um bom exemplo na última década no cumprimento dos compromissos com a NATO”, numa referência aos anos de governação socialista. Agora, afirma, é tempo de “mostrar que estamos à altura das nossas responsabilidades”.
Com SIC