Pedro Nuno Santos acusou este domingo em Ponte de Lima, Luís Montenegro de copiar Donald Trump para tentar captar o eleitorado do Chega. Mais tarde, em Guimarães, o líder do PS afirmou que o candidato da AD acaba a governação de um ano “com a economia a cair”, chamando-o “incompetente”.
Na vila mais antiga do país, o socialista falou aos jornalistas logo no início da arruada e para voltar ao tema da imigração: nada mudou, apenas o “sorriso” de Montenegro.
“Desta vez temos um primeiro-ministro que diz que há pessoas que têm de ser expulsas do território nacional, diz isso a sorrir, e ainda pede ao Chega para elogiar a sua política. É, verdadeiramente, a única diferença. Nesse caso, há uma trumpização de Luís Montenegro”, acusa o socialista, citado pela TSF.
A referência ao Presidente dos EUA, e protagonista da extrema-direita, deve-se ao anúncio do Governo, na véspera do início da campanha, de que 18 mil imigrantes ilegais vão ser notificados para deixarem Portugal.
Além da colagem ao Chega, Pedro Nuno Santos garante que não tem qualquer receio de uma possível maioria entre a AD e a Iniciativa Liberal, até porque “não há nenhuma razão para que AD possa sequer pensar em ganhar eleições”.
“Temos alguém a liderar o Governo que não é sério e que é incompetente para resolver os problemas dos portugueses”, acrescenta Pedro Nuno Santos, desvalorizando os resultados das sondagens que colocam a AD na frente.
Do concelho alto minhoto, o líder socialista seguiu para Barcelos e depois para Guimarães, onde o tema escolhido foi a economia.
“CORTAR, CORTAR, CORTAR”
Pedro Nuno Santos considerou que a forma de a AD lidar com uma crise é cortar em salários e pensões, não percebendo a confiança do primeiro-ministro porque parte para esta campanha com “maus resultados” económicos.
“Não percebo sequer qual é a confiança porque [a AD] parte para esta campanha com maus resultados, com maus resultados desde logo na economia e vocês sabem, sabemos todos, o que é que acontece quando nós temos uma crise económica e financeira”, afirmou Pedro Nuno Santos, que falava no Teatro Jordão, no final de uma pequena arruada pelo centro histórico da Cidade Berço-
“Quando é a AD a governar a forma deles lidarem com a crise é cortar, cortar nos salários, cortar nas pensões, cortar na despesa social, foi isso que eles fizeram na última crise que nós tivemos em Portugal”, acusou.
Pedro Nuno Santos insistiu que Luís Montenegro acaba a governação de um ano “com a economia a cair” e “a saúde pior do que estava”.
“E vocês sabem o que é que significa quando uma economia começa a cair, quando uma economia começa a cair isso quer dizer que as nossas empresas estão a vender menos, quando as empresas a vender menos não estão a faturar, é uma questão de tempo para que se comece a refletir nos trabalhadores, nos seus salários, nos seus empregos”, concluiu.
Pedro Nuno Santos lembrou que o Governo PS de António Costa deixou a economia a crescer e reforçou a ideia que tem repetido desde sexta-feira de que, nos primeiros três meses deste ano, a “economia já não está a crescer”.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou sexta-feira que a economia portuguesa cresceu 1,6% em termos homólogos nos primeiros três meses do ano e contraiu-se 0,5% face ao trimestre anterior.
Com TSF e Agências