Sandra Cardoso, cabeça de lista da CDU por Braga, retomou na Festa da Flor, em Vila Nova de Famalicão, um dos temas que são mais caros à coligação: a necessidade de um passe social intermodal e interregional na região.
Acompanhada pelos candidatos Fernando Costa, Ana Sofia Cabeleira e Sara Silva, Sandra Cardoso escolheu as propostas da coligação PCP/PEV sobre a mobilidade para apresentar a todos os que a abordavam. A necessidade de investir nos transportes públicos, seja para as deslocações dentro do concelho, seja para as deslocações dentro do distrito e para o Porto, dominou as conversas.
A candidata comunista recordou que na discussão do Orçamento do Estado para 2025, o PCP apresentou uma proposta para a criação de um Passe Social Intermodal e Inter-regional, que alargaria “às cerca de 850 mil pessoas que habitam no distrito de Braga, as condições tarifárias de acesso aos transportes públicos que existem nas áreas metropolitanas”.
Paralelamente, a proposta pretendia “acautelar os movimentos pendulares entre os territórios da CIM do Cávado, da CIM do Ave e a Área Metropolitana do Porto”, além de “um substancial reforço” do PART – Programa de Apoio à Redução Tarifária”.
“Lamentavelmente, a proposta não foi aprovada por responsabilidade de PSD/CDS, PS, Chega e IL”, dizia aos utentes da região de Braga que se queixavam da não beneficiarem da intermodalidade tarifária e de não beneficiarem do novo passe ferroviário, como acontece na Área Metropolitana do Porto, onde existe aquela intermodalidade.
Referia que já existe um consenso sobre as vantagens do alargamento da Intermodalidade aos operadores de transportes públicos com serviço na região de Braga, mas que não “se traduz em medidas concretas”.
“Sem mais demoras”, o processo deve passar por concretizar passes intermodais e inter-regionais, abrangendo os diferentes operadores e os territórios das CIM do Cávado, CIM do Ave e Área Metropolitana do Porto.
Sempre que questionada sobre rede Mobiave, a recente rede de transportes rodoviários no concelho de Famalicão, a candidata do PCP reconhecia que “apesar de haver progressos”, a oferta “continua ainda a longe do necessário, tendo sendo essencial alargar a mais zonas e aumentar frequências”.
Fernando Gualtieri (CP7889)