Depois de acusar a governação da AD de cortar em 68 milhões de euros o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), José Luís Carneiro anunciou as intenções de atingir 3% do PIB em 2030 para a Ciência – 1/3 de investimento público e 2/3 de investimento privado -, e o reforço com mais 500 lugares de investigador de carreira nas Instituições de Ensino Superior.
O cabeça de lista do PS por Braga, fez os anúncios, em Guimarães, nas visitas que efetuou à Unidade Operacional em Governação Eletrónica da Universidade das Nações Unidas, no Centro Avançado de Formação Pós-Graduada, em Couros, e ao DONE Lab, na Escola de Engenharia da Universidade do Minho, laboratório nos domínios da ciência dos materiais e das tecnologias de fabrico aditivo.
O candidato socialista às legislativas de 18 de maio, referindo que foi um Governo do PS que criou pela primeira vez um Ministério da Ciência nos anos 90, acusou Passos Coelho Passos Coelho de criar “um inverno científico” sem investimento ou projeto.
“Nos últimos anos de governação socialista, o país retomou a aposta na ciência, duplicando a despesa em I&D, com um forte contributo das empresas que reforçaram o seu investimento científico em 172%.”, afirmou.
“TRAVÃO ABRUPTO”
Contudo, “esta trajetória conheceu um travão abrupto com a governação da AD que cortou em 68 milhões de euros o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e mantém os cientistas a aguardar há um ano pelos resultados das candidaturas ao principal concurso para financiamento de projetos de investigação”.
Dizendo que é fundamental apostar na Ciência e na transferência do conhecimento académico para a indústria, José Luís Carneiro adiantou que um futuro Governo PS se compromete a “atingir 3% do PIB em 2030, numa estrutura de 1/3 de investimento público e 2/3 de investimento privado”.
“O próximo Governo do Partido Socialista vai continuar o trabalho interrompido de articulação entre as empresas e a rede de Fab Labs e de Living Labs, estimulando o desenvolvimento de soluções com aplicação industrial e concluir a implementação das Agendas Mobilizadoras, instrumentos de reforço da competitividade nacional e alteração da estrutura produtiva, de reindustrialização do país e de internacionalização.”, afirmou.
Considerando, o desenvolvimento científico e a qualificação dos recursos humanos “indispensáveis à modernização e transformação do padrão de especialização da economia e à sua coesão social e territorial”, José Luís Carneiro avançou com a intenção de reforçar com mais 500 lugares de investigador de carreira nas Instituições de Ensino Superior.
Fernando Gualtieri (CP 7889)