Em mais uma ‘Conversa de Café’, desta vez no Eixo, um espaço cultural em Famalicão, tendo como tema o ‘Futuro’, Francisco Louçã falou sobre as mais variadas questões, nomeadamente a política de habitação, com destaque os números do Instituto Nacional de Estatística divulgados há dois dias e que assinalam que no distrito de Braga o preço das casas subiu 11% num ano.
O cabeça de lista do Bloco de Esquerda de Braga recordou que as rendas subiram ainda mais, atingindo “valores recorde” em Guimarães e Braga, tendo Famalicão acompanhado a tendência.
Em resposta a este cenário, Louçã insiste em soluções de longo prazo, como a construção pública de casas a preço acessível, a reabilitação urbana incluindo em contrato com senhorios com poucos recursos, e em soluções de curto prazo, como o teto às rendas.
Louçã sublinhou que os restantes partidos “estão de acordo em não fazer nada a curto prazo, ou por favorecerem o aumento do preço da habitação, ou por acharem que é impossível contrariá-lo”.
“Assim, a eleição de deputados do Bloco é a única garantia da proteção dos jovens que estão hoje condenados a não poderem ter casa”, disse.
O debate sobre o Futuro estendeu-se a outros temas: como deve ser a educação (tendo os professores presentes sublinhado a importância de reduzir o número de alunos por turma, especialmente nos primeiros anos de escolaridade); como deve ser o sistema fiscal, para garantir a transparência e o fim de benefícios injustificados, ou a redução do IVA, que é o imposto mais pesado sobre os mais pobres; como deve ser a segurança social, para assegurar o aumento das pensões, mas também a proteção das gerações mais novas.
O Futuro foi também discutido a propósito da transição energética, da sustentabilidade ambiental, do modelo de vida nas cidades, da proximidade entre a casa e o trabalho e a escola dos filhos.
Fernando Gualtieri (CP 7889)