Numa ação de campanha nas Festas das Cruzes, em Barcelos, uma das queixas que Sandra Cardoso mais ouviu foi a demora da construção do novo hospital. “As populações de Barcelos e Esposende estão fartas de promessas e de declarações e exigem um novo hospital”, foi a conclusão que a cabeça de lista da CDU às Legislativas por Braga concluiu das conversas com a população.
A candidata da coligação PCP/PEV repetia nestes contactos que a proposta dos comunistas que visava a assegurar para este ano o investimento necessário para a construção do novo Hospital de Barcelos, “num modelo de construção e de gestão integralmente público”, acabou chumbada na Assembleia da República por não ter recebido voto favorável nem de PSD/CDS, nem de PS ou IL ou Chega.
“CDU exige avanço efetivo e sem mais demoras da construção de novo hospital em Barcelos com gestão pública”, dizia Sandra Cardoso.
A candidata lembrava ainda que, depois de ter apresentado em setembro passado um novo projeto de resolução sobre esta matéria, o grupo parlamentar do PCP voltou a propor em sede de discussão do Orçamento do Estado. “Mas nos últimos anos, as propostas do PCP têm sido chumbadas”, referia.
A proposta apresentada pelo PCP recorda “que as atuais instalações são da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, pelo que o Estado paga uma renda mensal acima de 11 mil euros”. Esta situação levou a que, em 2007, há cerca de 18 anos atrás, o Ministério da Saúde e a Câmara de Barcelos assinassem um protocolo para a construção do novo hospital daquela cidade, que justificou a muito recente compra pela autarquia de um terreno para esse efeito.
Contudo, “tem faltado vontade política de avançar com este importante investimento”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)