Os cerca de uma centena de trabalhadores da empresa têxtil StampDyeing, em Guimarães, depararam-se, no regressa de férias, com os portões da fábrica encerrados a cadeado, sem qualquer aviso prévio da administração.
Concentrados em frente às instalações, os trabalhadores exigem respostas sobre o futuro da empresa e o pagamento dos salários em atraso de julho e agosto e o subsídio de férias económica.
“É revoltante estar à porta da empresa com um cadeado depois de tantas reuniões em que nos prometeram que a fábrica ia retomar. Estamos há três meses sem receber e muitos de nós já não têm como suportar as despesas do dia a dia”, desabafou João Leite, um dos colaboradores, citado pelo Grupo Santiago.
O Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes acusou a administração de ter conduzido a empresa ao colapso. Ao órgão de comunicação social vimaranense, o dirigente sindical Francisco Vieira afirmou que os trabalhadores foram “enganados” durante semanas, uma vez que lhes tinha sido garantida a retoma após as férias e o pagamento dos salários. Contudo, na última reunião com os representantes da empresa e o administrador judicial provisório, foi-lhes comunicado o contrário: não há dinheiro nem condições para reabrir.
“A realidade é que não há pagamento, não há trabalho e o passivo da StampDyeing já ascende a 3,5 milhões de euros, incluindo meio milhão em dívidas à Segurança Social. Isto foi uma gestão que levou a empresa ao encerramento e deixou dezenas de famílias em sofrimento”, sublinhou Francisco Vieira ao Grupo Santiago.