A ativista sueca Greta Thunberg foi libertada sob fiança, esta tarde de terça-feira, após ter sido detida durante um protesto pró-Palestina, em Londres, no Reino Unido.
A polícia londrina apontou que a ativista foi libertada sob fiança até março, de acordo com a agência Reuters.
O grupo britânico Prisoners for Palestine deu conta de que a jovem de 22 anos foi detida por ser suspeita de apoiar atos terroristas, uma vez que empunhava um cartaz onde se lia, ‘Apoio os prisioneiros da Palestine Action. Oponho-me ao genocídio’. Isto porque, recorde-se, o Governo do Reino Unido classificou o grupo Palestine Action como sendo uma organização terrorista, em julho.
Esta versão corrobora a das autoridades londrinas, que indicaram que uma jovem de 22 anos tinha sido detida por ter comparecido no protesto com um cartaz de apoio a uma organização proibida.
Duas outras pessoas já tinham sido detidas, por terem atirado tinta vermelha contra a fachada do prédio onde se situa uma empresa de seguros que, segundo os manifestantes, presta serviços à filial britânica da empresa israelita de defesa Elbit Systems.
A organização Prisoners for Palestine, por seu turno, apontou que Greta Thunberg “juntou-se a uma ação contra a Aspen Insurance, seguradora da empresa de armas israelita Elbit Systems, que teve lugar em solidariedade com os [ativistas] em greve de fome”.
“A Aspen Insurance assumiu o seguro da Elbit Systems, após uma campanha que começou antes da Palestine Action ser proibida, forçando a Allianz e a Aviva a abandonarem a Elbit”, complementou, em comunicado.
GREVE DE FOME
O coletivo de apoio à Palestine Action disse ainda que as duas outras pessoas detidas continuam sob custódia na esquadra de Bishopsgate, mas frisou que “o povo apoiará os [ativistas] em greve de fome e resistirá até que a Palestina seja libertada”.
Sublinhe-se que, de acordo com a Sky News, três dos membros da Palestine Action que se encontram detidos já não estão a fazer greve de fome devido à deterioração do seu estado de saúde. Os restantes, note-se, prosseguem com o protesto.
Os ativistas em greve de fome exigem que o Reino Unido deixe de abrigar fábricas que fornecem armamento a Israel, assim como que a Palestine Action seja retirada da lista de organizações proibidas, que se coloque um ponto final aos maus-tratos a quem está detido e que estes sejam libertados sob fiança. Os manifestantes já foram visitados por diversos políticos, alguns dos quais alertaram o governo britânico que os ativistas podem morrer nos próximos dias. No entanto, o Executivo liderado por Keir Starmer recusou-se a intervir em processos judiciais em curso.







