A Agência Portuguesa do Ambiente e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) vão “avançar já” com uma “estabilização de emergência” do território queimado na Peneda-Gerês, para evitar derrocadas e contaminação da água, revelou esta sexta-feira o Governo.
“É urgentíssimo porque, vindo as chuvas, podemos ter derrocadas e a contaminação da água. Com as chuvas, as linhas de água são atingidas e teremos problemas na captação”, alertou o ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, em declarações aos jornalistas durante uma visita a vários pontos afetados pelo incêndio que começou a 26 de julho e que foi dominado a 3 de agosto no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), no concelho de Ponte da Barca.
No caso da Peneda-Gerês, o governante disse estarem em causa “dois rios – o rio Homem e o rio Lima – onde há abastecimento de água para consumo humano”.
“Em Touvedo (Ponte da Barca), por exemplo, a água serve mais de 200 mil pessoas. No rio Homem, o concelho de Vila Verde tem uma captação de água”, observou.
O apoio “resulta de avisos comunitários” e o pagamento previsto é de “100% desse trabalho”, acrescentou.
O ICNF revelou na segunda-feira à Lusa que as chamas consumiram 5.786 hectares do PNPG, de acordo com dados provisórios.
O PNPG foi criado em 1971, é gerido pelo ICNF e ocupa uma área de 69.596 hectares e abrange os distritos de Braga (concelho de Terras de Bouro), de Viana do Castelo (concelhos de Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca) e de Vila Real (concelho de Montalegre).